Hematologia, Oncologia Clínica, UniCAMP. Pesquisadora principal e DIRETORA DE INOVAÇÃO do cePID CancerThera.
Carmen Silvia Passos Lima
Linhas de Pesquisa
Identificação de anormalidades genéticas em câncer – Os pesquisadores do grupo têm como objetivo identificar anormalidades genéticas adquiridas, como translocações, perdas e ganhos cromossômicos, mutações, deleções e amplificações de genes em tumores e avaliar suas implicações em vias de sinalização celular relevantes para o desenvolvimento tumoral. Os resultados desses estudos contribuem para a elucidação da carcinogênese de diversos tipos de tumores, apontam alvos para a descoberta de novas terapêuticas e desempenham papel crucial para identificar fatores prognósticos e fatores prognósticos independentes em pacientes com tumores.
Além disso, os pesquisadores do grupo também têm como objetivo identificar anormalidades genéticas herdadas, como variantes genéticas de nucleotídeo único e variações no número de cópias de genes, com papéis significativos na origem e manifestações clínicas dos tumores, bem como no prognóstico de pacientes com tumores. Isso permite identificar indivíduos saudáveis com alto risco de desenvolver tumores, que podem se beneficiar de medidas adicionais para a prevenção e o diagnóstico precoce, assim como indivíduos com tumores agressivos, que podem requerer terapêuticas diferenciadas.
Para identificar anormalidades genéticas em câncer, os pesquisadores do grupo empregam uma variedade de técnicas de avaliação genética, tais como citogenética convencional e automatizada, hibridização in situ com fluorescência (FISH), reação em cadeia da polimerase (PCR), PCR de transcrição reversa (RT-PCR), PCR quantitativa (qPCR), Western blotting, sequenciamento genômico, culturas primárias de células e culturas de linhagens celulares, clonagem celular, CRISPR/Cas9, ensaios do gene repórter da luciferase, citometria de fluxo (ensaios de apoptose, ciclo celular e proliferação celular), migração celular, microarranjos de DNA, entre outros. Avaliações histológicas e imuno-histoquímicas em fragmentos de tumor individuais e em arranjos teciduais (tissue microarrays) estão também incluídas em nossos projetos de pesquisa.
Além disso, nossos pesquisadores têm acesso a bancos de dados nacionais e internacionais para a análise de dados genéticos, o que amplia suas habilidades em investigações genéticas.
Câncer
Mutações genéticas
Variantes genéticas
Farmacogenômica e desenvolvimento de novos fármacos – Identificamos anormalidades genéticas adquiridas em vias de sinalização relevantes em tumores, que servem como alvos potenciais para o desenvolvimento de novas terapias em câncer. Também identificamos anormalidades genéticas herdadas (variantes genéticas) em vias do metabolismo de quimioterápicos e seus impactos funcionais. Vale destacar, nesta linha, as avaliações conduzidas por nossos pesquisadores sobre variantes genéticas que afetam o metabolismo da cisplatina (detoxificação do agente, reparo de lesões no DNA por ela induzidas e apoptose de células por ela lesadas), um quimioterápico de fundamental importância no tratamento de pacientes com tumores sólidos. Os resultados desses estudos contribuem para a seleção de pacientes com menor resposta terapêutica ao agente e/ou com maior toxicidade ao tratamento, que merecem receber doses diferenciadas ou uso de quimioterápicos que não os usuais. Para avaliar a farmacogenômica de quimioterápicos, os pesquisadores do grupo utilizam uma variedade de técnicas laboratoriais, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), PCR de transcrição reversa (RT-PCR), PCR quantitativa (qPCR), Western blotting, sequenciamento genômico, culturas primárias de células e culturas de linhagens celulares, obtenção de células tumorais resistentes à terapia padrão, clonagem celular, CRISPR/Cas9, ensaios do gene repórter da luciferase, citometria de fluxo (ensaios de apoptose, ciclo celular, proliferação), migração celular, microarranjos de DNA, entre outros. Mais uma vez, as habilidades dos pesquisadores no acesso a bancos de dados genéticos nacionais e internacionais e na análise de dados genéticos são de fundamental importância nessa linha de pesquisa.
Nossos pesquisadores também se dedicam à descoberta de novos fármacos e novas formas de administração de fármacos em Oncologia. Merecem destaque, no momento, as avaliações dos efeitos terapêuticos e tóxicos do complexo de prata com nimesulida (Ag-NMS) em modelo in vitro em carcinoma de células escamosas e modelo in vivo em administração tópica (membrana de celulose bacteriana) no carcinoma de células escamosas de pele. Os projetos em desenvolvimento visam à avaliação pré-clínica de complexos metálicos como novos quimioterápicos e de metalorradiofármacos como novos agentes teranósticos em tumores. Em especial para o carcinoma de células escamosas de pele, as pesquisas incluem a avaliação da administração de metalofármacos em membranas de liberação sustentada de agentes, moduladores de permeação transdérmica, como os monoterpenos carvona e limoneno, e formulações baseadas em micro ou nanoestruturas poliméricas, visando a reduzir sequelas da cirurgia.
Para a descoberta de novos fármacos e seus mecanismos de ação, os pesquisadores do grupo utilizam inúmeras técnicas laboratoriais em linhagens de células tumorais e não tumorais, incluindo a obtenção de subclones resistentes a terapia padrão. Esses modelos permitem avaliar o efeito de novos fármacos sobre ciclo celular, proliferação e migração, além dos diversos aspectos envolvidos na indução de morte celular regulada. Ainda, esses modelos possibilitam estudos do efeito da combinação de diferentes moléculas visando a aumentar a sua eficiência em menores concentrações. Para avaliações iniciais de farmacocinética, como a permeação por membranas, o emprego da célula de Franz, permite selecionar formulações que facilitem a permeação cutânea.
Uma vez selecionadas as melhores substâncias em modelo in vitro, as avaliações em modelos animais permitem confirmar os parâmetros de eficácia, toxicidade e biodistribuição dos potenciais novos fármacos. As atividades dos novos agentes sobre a modulação de genes envolvidos em diferentes vias de sinalização celular também são avaliadas por pesquisadores do nosso grupo em modelos in vitro e in vivo, utilizando técnicas de avaliações genéticas direcionadas a alvos específicos (RT-PCR, qPCR, western blotting, imuno-histoquímica) e avaliações genéticas amplas e não direcionadas (NCounter, NanoString).
Câncer
Farmacogenômica
Metalorradiofármacos
Estudos clínicos em Oncologia – Inúmeros estudos clínicos são conduzidos por pesquisadores do grupo para identificar fatores prognósticos em pacientes com câncer tratados de forma convencional. Outros estudos visam a verificar a resposta e a toxicidade a quimioterápicos ou quimioterápicos associados a outros procedimentos terapêuticos, como o transplante de medula óssea. Também conduzimos estudos clínicos com novos fármacos e novas formas de administração de fármacos a pacientes com câncer. Merece destaque, no momento, o estudo que visa a avaliar a eficácia e a toxicidade da administração tópica de Ag-NMS a pacientes com carcinoma de células escamosas de pele.
O uso de agentes de imagem, como o antígeno de membrana prostática específica (PSMA) e a proteína ativadora de fibroblastos (FAP), em tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) em estudos com pacientes com tumores diversos são também conduzidos por pesquisadores do grupo. Avaliações do PSMA em PET/CT em pacientes com carcinoma de células escamosas localmente avançado, recidivado ou metastático de cabeça e pescoço, melanoma metastático e glioblastoma residual ou recidivado estão em andamento e visam a verificar se ocorre captação do agente pelos tumores e se o PSMA pode ser modificado e usado como agente teranóstico em portadores dos tumores. Outros agentes de imagem estão em avaliação para novos projetos.
Câncer
Terapêutica
Prognóstico
Produção Científica
- Índice H Scopus: 26 (trabalhos: 185 - citações: 2.586)
- Índice H Web of Science: 22 (trabalhos: 254 – citações: 2.015)
- Publicações completas em http://lattes.cnpq.br/1106692234314291
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- Título: "Aparelho para Terapia Muscular Respiratória". 2020. Brasil. Patente: Privilégio de Inovação. Número do registro: BR2020200264783. Instituição de registro: INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Depósito: 22/12/2020.
Professores
- Dra. Carmen Silvia Passos Lima – Médica oncologista e hematologista
- Dr. José Vassallo (in memoriam) – Médico patologista
Equipe
- Dr. Gustavo Jacob Lourenço – Biólogo
- Dra. Ligia Traldi Macedo – Médica oncologista
- Dr. Guilherme Rossi de Assis Mendonça – Médico patologista
Professores
- Dra. Ana Lúcia Tasca Gois Ruiz – Farmacêutica e pesquisadora do Laboratório de Fitoquímica, Farmacologia e Toxicologia Experimental (FCF/Unicamp)
- Dr. João Ernesto de Carvalho – Biólogo e pesquisador do Laboratório de Fitoquímica, Farmacologia e Toxicologia Experimental (FCF/Unicamp)
Iniciação Científica
- Isabela Carvalho Diniz – Graduanda em Medicina (FCM/Unicamp); bolsista IC - FAPESP.
Treinamento Técnico
- Maria Eduarda O. A. Santos – Técnica em Alimentos e Biotecnologia; bolsista TT2 - FAPESP.
Mestrado
- Diego Machado Mendanha – Médico residente em Oncologia no HC/Unicamp; mestrando em Oncologia na FCM/Unicamp.
- Hádila da Silva Veras Sousa – Médica residente em Oncologia no HC/Unicamp; mestranda em Oncologia na FCM/Unicamp.
- Lucas Militão – Farmacêutico residente em Farmácia no HC/Unicamp.
Doutorado
- Ms. Daniele Daiane Afonso – Bióloga e doutoranda na FCM/Unicamp; bolsista D - FAPESP.
Pós-Doutorado
- Dra. Juliana Carron –Biomédica e pós-doutoranda na FCM/Unicamp; bolsista PD - FAPESP.
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Endereço
Laboratório de Genética do Câncer | Rua Vital Brasil, 50, prédio "Vital Brasil" FCM08, Cidade Universitária "Zeferino Vaz", Campinas - SP. CEP: 13083-888