Skip links

1º Simpósio Julho Verde – Câncer de Cabeça e Pescoço promove a integração entre especialidades médicas para diálogos e atualizações sobre evidências científicas recentes em diagnósticos e tratamentos

Realizado em 13 de julho, o 1º Simpósio Julho Verde – Câncer de Cabeça e Pescoço passou a constituir o calendário de atividades que fazem parte da campanha “Julho Verde”, iniciativa mundial em prol da conscientização sobre os tumores desse tipo que completou 10 anos em 2024. O evento é uma organização conjunta entre o Programa de Pós-graduação em Oncologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Oncologia – FCM/Unicamp), o Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unicamp (IOU/Unicamp) e o CEPID CancerThera

A participação foi gratuita e presencial, com um público formado por mais de 150 médicos especialistas e residentes, além de alunos de graduação e pós-graduação em Medicina Nuclear, Oncologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Radiologia, Radioterapia e Fonoaudiologia. A programação diversa e multidisciplinar reuniu 38 pesquisadores e médicos especialistas para discutir diagnósticos e tratamentos.

Foram abordados diversos temas relevantes para os estudos sobre tumores de cabeça e pescoço, incluindo novas técnicas cirúrgicas, avanços em radioterapia e o uso de tecnologias emergentes, como a biópsia líquida. Os participantes discutiram aspectos diagnósticos e clínicos atuais, considerando pesquisas em andamento e o impacto do papilomavírus humano (HPV) nos tratamentos. Um dos focos do evento foi o protocolo de hipofracionamento HYPNO, que visa a otimizar os tratamentos na estrutura hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS). As sessões também enfatizaram a importância da avaliação multimodal por imagens para diagnósticos precisos e a preservação da laringe em casos de tumores avançados, assim como foram apresentados os novos desenvolvimentos na pesquisa clínica, como o uso de metalofármacos.

O Ms. Eduardo Baldon Pereira, radio-oncologista e diretor técnico do Setor de Radioterapia da Unicamp e do Instituto Radium, destaca a adesão de diversas especialidades e a integração dos profissionais ao evento, levando a uma atuação multidisciplinar, e diz que isso é “o ideal para que a gente tenha um padrão excelente de qualidade, não só na assistência ao paciente, como no ensino também”. E completa: “é um dos únicos eventos dedicados a neoplasias de cabeça e pescoço, sendo o primeiro na Unicamp, e já compreendeu de partida todas as áreas e especialidades médicas envolvidas no tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Acredito que isso fortalece a nossa instituição e essa área de atuação”.

Sucesso além do esperado
“O simpósio superou nossas expectativas”, afirma a Dra. Lígia Traldi Macedo, oncologista do Hospital de Clínicas da Unicamp (HC/Unicamp) e pesquisadora associada do CancerThera. “Tivemos discussões muito produtivas entre as áreas de Cirurgia, Radioterapia, Oncologia e Fonoaudiologia, sem contar a presença de especialistas de diversas regiões do País”, diz. Traldi ressalta que o evento foi uma oportunidade significativa para promover integração, trocas de experiências e atualizações sobre as evidências mais recentes em termos de tratamento.

Também entusiasmada com a adesão dos participantes ao evento, a Dra. Carmen Silvia Passos Lima, professora da FCM/Unicamp e pesquisadora principal do CEPID CancerThera, listou como pontos altos a participação de médicos de diferentes especialidades (como cirurgiões, oncologistas clínicos e radioterapeutas) que atuam em câncer de cabeça e pescoço em Campinas e outras cidades do estado de São Paulo, assim como a presença de palestrantes de serviços oncológicos de instituições renomadas, como o Hospital de Amor de Barretos, o A. C. Camargo Cancer Center e o Latin American Cooperative Oncology Group (Lacog).

Além disso, foi também valorizada pela pesquisadora a colaboração de médicos residentes e ex-residentes do Serviço de Oncologia Clínica do HC/Unicamp como secretários, moderadores e debatedores de temas diversificados durante o evento. “Verificamos que usaram de forma pertinente os conhecimentos que receberam durante o programa de residência médica e que se encontram perfeitamente inseridos no mercado de trabalho. Acreditamos que o simpósio tenha possibilitado a eles atualizações na assistência ao paciente com câncer de cabeça e pescoço”, salientou.

O 1º Simpósio Julho Verde – Câncer de Cabeça e Pescoço se tornou, ainda, uma oportunidade de aprendizagem para alunos do curso de Medicina da FCM/Unicamp, que receberam informações básicas e avançadas sobre os diversos tipos de tumores abordados. A propósito, Lima chama a atenção para o empenho de alunos da Liga de Oncologia (LAOn) da FCM/Unicamp e de médicas preceptoras e assistentes do Serviço de Oncologia do Hospital de Clínicas da Unicamp na organização e na condução do evento.

Dado o sucesso, a pesquisadora afirma que a comissão de organização pretende realizar uma edição mais ampla e com maior duração no próximo ano, com a inclusão dos profissionais das variadas áreas de atendimento ao paciente oncológico, como enfermeiras, psicólogos, psiquiatras, odontologistas, fisioterapeutas, fonoaudiológos, entre outros.

GALERIA DE FOTOS | 1º Simpósio Julho Verde – Câncer de Cabeça e Pescoço

simposio-JV_2024-13
Confira fotos do evento na galeria acima. Acesse este link para baixá-las.

Texto: Romulo Santana Osthues | Fotos: Romulo Santana Osthues e Carmen Silvia Passos Lima

Este website utiliza cookies para aprimorar a experiência
Veja nossa Política de Privacidade para saber mais.
CancerThera
Arraste!