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AMAZUL e Unicamp promovem workshop sobre tecnologia nuclear; CEPID CancerThera é um dos apoiadores

A irradiação de alimentos e a transição energética foram os temas do workshop “Tecnologia nuclear na irradiação de alimentos e na transição energética”, realizado em 29 de novembro, em Campinas (SP), pela Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo CEPID CancerThera.

O workshop é uma das iniciativas decorrentes do memorando de entendimento assinado em setembro entre a AMAZUL e a Unicamp visando a um convênio de cooperação. O CancerThera é beneficiário desse convênio, tendo a participação da AMAZUL na elaboração do projeto de um laboratório onde serão conduzidas pesquisas sobre radiofármacos para uso nos cuidados com pacientes oncológicos.

A cooperação entre a empresa e a universidade para atender às demandas do País foi enfatizada na abertura do evento, da qual participaram o Prof. Dr. Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp, Vice-Almirante Newton de Almeida da Costa Neto, o diretor-presidente da AMAZUL, e o Prof. Dr. Celso Darío Ramos, pesquisador principal, vice-diretor do Comitê Executivo do CancerThera e membro do Comitê Científico e Tecnológico da AMAZUL.

“O encontro foi muito proveitoso, atingindo seu objetivo principal, que era promover uma interação entre pesquisadores da Unicamp e da AMAZUL. Espero que tenha sido uma semente para outras áreas da Unicamp promoverem encontros semelhantes”, ressalta Ramos.

Segurança alimentar
Na primeira mesa-redonda do evento, o Prof. Dr. Marcelo Cristianini, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, e Eros Carbi, Supervisor de Proteção Radiológica da AMAZUL, destacaram a tecnologia de irradiação para a segurança alimentar, entendida tanto como solução para reduzir perdas e desperdícios na produção de alimentos quanto para proteger a saúde do consumidor.

A irradiação permite ampliar o tempo de prateleira dos alimentos (e expandir os mercados de exportação), prevenir doenças transmitidas por alimentos, retardar a germinação e o amadurecimento de gêneros alimentícios e reduzir o uso de conservantes e agrotóxicos, entre outros benefícios.

Cristianini citou projeções da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO em inglês) de que a produção mundial de alimentos precisará crescer 60% para atender uma população que chegará a 9,1 bilhões de pessoas em 2050. A mesma FAO estima que desperdícios levam à perda de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos a cada ano.

Eros Carbi, que explorou os aspectos técnicos e econômicos das tecnologias disponíveis para irradiação, destacou estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a OMS, uma em cada 10 pessoas adoece anualmente por causa da ingestão de alimentos contaminados. A ingestão de alimentos inseguros é causa de 420 mil mortes por ano em todo o mundo. Desse total, 30% são crianças com menos de 5 anos de idade.

Os dois palestrantes apontaram o desafio de conscientizar os consumidores sobre os benefícios da irradiação de alimentos. “É preciso melhorar a transparência das informações sobre os alimentos, aproximar as áreas do conhecimento e educar as crianças”, recomendou Cristianini. Além da conscientização da população, Eros Carbi destacou a necessidade de construir instalações de irradiação no Brasil, criar infraestrutura laboratorial e elaborar protocolos para exportação de produtos irradiados.

Transição energética
Na segunda parte do evento, Leonardo Dalaqua, o Coordenador Técnico Nuclear da AMAZUL, apresentou a tecnologia dos pequenos reatores modulares (SMRs em inglês) e seu papel estratégico na transição energética. Os pequenos reatores, com potência menor que 300 MWe (megawatts elétricos), são equipamentos compactos, que podem ser construídos em série e transportados para o local de instalação onde passarão a gerar energia. À medida que aumente a demanda, novos módulos podem ser adicionados a uma mesma planta.

Dalaqua observou que, atualmente, existem 108 projetos de desenvolvimento de SMRs no mundo, e é importante que o Brasil desenvolva seu próprio projeto, inclusive, para preservar o conhecimento nacional na construção de reatores nucleares.

Confira imagens do workshop no carrossel de fotos abaixo:

Workshop “Tecnologia nuclear na irradiação de alimentos e na transição energética”
Clique no álbum para baixar as fotografias. Você também pode visualizar tudo neste link.

Texto: Ana Cristina da Conceição (AMAZUL) | Fotos: Romulo Santana Osthues

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