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Pesquisadora principal no CEPID CancerThera, Elba Etchebehere lidera iniciativas para firmar acordos e ampliar o acesso à Medicina Nuclear no Brasil

A Dra. Elba Etchebehere, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), pesquisadora principal no CEPID CancerThera, presidente eleita da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e diretora-administrativa do Grupo MND, tem desempenhado um papel de destaque em ações que prometem ampliar o acesso à Medicina Nuclear no Brasil, trazendo benefícios significativos à saúde da população e reforçando a soberania tecnológica nacional.

Elba Etchebehere e Rebecca Lo bue, CEO da Oncidium Foundation.

No dia 26 de novembro, Etchebehere formalizou uma parceria inédita com a fundação belga Oncidium, que financiará tratamentos em Medicina Nuclear para pacientes com câncer de próstata e tumores neuroendócrinos em situação de vulnerabilidade social. O acordo, celebrado na capital paulista com a presença da Princesa Astrid da Bélgica, é considerado um marco histórico. Ele viabilizará o acesso a terapias avançadas oferecidas pelo Grupo MND, incluindo o tratamento com o radiofármaco PSMA-lutécio para uso na abordagem em pacientes com câncer de próstata, consolidando a cidade de Campinas como um centro de referência na área.

Elba Etchebehere e Raul Lycurgo Leite, presidente da Eletronuclear.

Em 28 de novembro, a pesquisadora esteve em Brasília (DF) para firmar um Memorando de Entendimento com a Eletronuclear – empresa de economia mista que opera e constrói usinas termonucleares no Brasil; ela responde pela geração de aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no País. O acordo busca viabilizar a produção do radioisótopo lutécio-177 no reator nuclear de Angra 2, um radioisótopo utilizado em Medicina Nuclear. Essa ação reduzirá a dependência do Brasil de importações, e garantindo a oferta estável desse insumo radioativo, essencial para tratamentos oncológicos. 

“A Eletronuclear, abraçando a causa da Medicina Nuclear através da produção de insumos radioativos em Angra 2, possibilitará um impacto na saúde pública extremamente significativo”, afirma Etchebehere. A iniciativa não apenas fortalecerá a Medicina Nuclear nacional, mas também contribuirá para a segurança do sistema de saúde, ao diminuir riscos de escassez e altos custos associados às importações.

Além dessas ações, a pesquisadora participou do Congresso de Tecnologia e Inovação no Setor Nuclear (TINS 2024), realizado nos dias 2 e 3 de dezembro na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante o evento, ela integrou um painel de especialistas que discutiram os desafios e as perspectivas para a produção de isótopos para uso em Medicina Nuclear no Brasil. Em sua fala, Etchebehere destacou a relevância da Medicina Nuclear para a saúde pública e as dificuldades enfrentadas pelo segmento, como a hiper-regulação e a ausência de produção nacional de insumos radioativos.

Da esquerda para a direita, com Elba Etchebehere, os painelistas no TINS 2024: Jair Mengatti, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN); Ralph Santos-Oliveira, da Associação Brasileira de Radiofarmácia (ABR); Claudio Tinoco Mesquita, da SBMN e da Universidade Federal Fluminense (UFF); John Forman, da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN); e José Augusto Perrotta, do IPEN.

As iniciativas lideradas por Elba Etchebehere refletem uma posição estratégica. Ao articular parcerias internacionais, impulsionar a produção nacional de insumos e defender políticas públicas voltadas à expansão da Medicina Nuclear, abre-se o caminho para que abordagens médicas no câncer se tornem acessíveis a mais brasileiros e que pesquisas científicas possam ocorrer com menos barreiras, especialmente as financeiras.


Texto: Romulo Santana Osthues com informações de Vinícius Brito (SBMN) | Fotos: Acervo pessoal

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